Conheci “We All Die Young” no filme Rockstar. Na época, foi impacto. Som alto. Emoção bruta. Ficou ali. Hoje, relendo a letra, ela não funciona mais como trilha. Funciona como pergunta.
🎵 “Risk my soul, test my life / For my bread” 🎶
Aqui está o ponto. Quantos de nós arriscam a alma só para pagar a conta? Quantos vivem no modo sobrevivência e chamam isso de vida? E mais duro ainda: quantos param, de verdade, para definir quais são os seus sonhos?
🎶 “How we turn a dream to stone” 🎵
Sonhos não morrem de repente. Eles endurecem. Vão sendo trocados por limites, medos, planilhas, expectativas alheias. A pergunta não é se temos sonhos. É se ainda sabemos nomeá-los.
🎵 “Let the river flow / Through my callused hands” 🎶
O tempo passa. Sempre passou. A questão é onde colocamos a luz. No que queremos construir ou no que nos segura? Vivemos guiados por desejo ou por restrição? Por visão ou por cautela demais?
🎶 “And we all die young” 🎵
Morremos jovens quando vivemos de acordo com o que falta, não com o que pulsa. Quando organizamos a vida para evitar riscos, não para realizar sentido. Não é sobre morrer cedo. É sobre deixar de viver cedo demais.
Talvez o incômodo dessa música exista para isso. Para lembrar que sonho ignorado vira peso. E que a vida que vale a pena começa quando decidimos, conscientemente, onde colocar a luz.