Chego ao Salmo 149. Um salmo breve, mas denso.
Penúltimo do Saltério. Um chamado ao louvor que prepara a conclusão do livro.
Ele começa com um convite: cantem ao Senhor um cântico novo.
Não se trata apenas de música. Trata-se de viver diante de Deus com autenticidade.
Uma vida nova é o que permite uma nova forma de louvar.
Louvamos vivendo. O “cântico novo” é uma fé que amadurece.
Não apesar das dúvidas, mas através delas.
O salmo exalta os mansos. Mas mansidão não é fraqueza.
É força que sabe esperar pelo julgamento de Deus.
Não preciso reagir com dureza, nem me proteger com orgulho.
O Senhor conhece. O Senhor age.
O salmo ensina que o louvor não precisa ser público.
Versículo cinco: louvem no leito onde repousam.
Ali, no cansaço, na solidão, no silêncio — também há louvor.
E talvez ali ele seja mais verdadeiro.
O salmo fala de espadas. Para o crente, a espada é a Palavra.
Mais cortante que qualquer espada de dois gumes.
Como diz Hebreus: ela penetra até dividir alma e espírito, julga intenções, discerne o coração.
O salmo encerra afirmando que Deus se compraz do seu povo.
Não por causa da perfeição, mas pela fidelidade que não desiste.