O Salmo 148 me ensina que louvar a Deus é vocação universal.
É um chamado estendido a tudo o que existe.
Dos céus às profundezas. Dos anjos aos reis.
Do fogo à neve. Do jovem ao idoso.
Mas esse louvor não é uniforme. Cada ser louva conforme a condição e natureza que recebeu do Criador.
Há louvor, sim, no existir. A criação proclama a glória de Deus apenas sendo o que é.
Mas ao ser humano foi dada outra medida. Fomos feitos à imagem e semelhança do Altíssimo.
Recebemos consciência, fala, escolha, sentimento. E com isso, recebemos também responsabilidade.
Louvar por existir, no nosso caso, não basta.
Se recebi consciência, meu louvor deve ser consciente.
Se recebi voz, meu louvor deve ser verbal.
Se recebi liberdade, meu louvor deve envolver escolha.
O salmo não apenas me convida a perceber o louvor ao meu redor.
Me chama a alinhar com ele tudo o que sou.
Tudo o que tenho.
Louvar com a inteligência.
Com o corpo. Com o tempo. Com as palavras. Com a ética. Com o silêncio. Com a presença.
Louvar sendo é o início.
Louvar entregando o que recebi é a plenitude.
Deus não espera de mim o que não deu.
Mas espera tudo daquilo que me deu.
Nada é meu.
Tudo é d’Ele.