Chego a Isaías 13. Começa o juízo contra as nações. A primeira é a Babilônia.
O tom é pesado. O cenário, brutal. Crianças mortas. Mulheres violentadas. Casas saqueadas. O texto é duro; e não por acaso.
Deus denuncia a arrogância. A Babilônia, símbolo de poder e autossuficiência, seria destruída. Não por acaso, mas por juízo.
A profecia se cumpriu em 539 a.C. Os medos e persas, improváveis instrumentos, invadiram. O império caiu. O que parecia eterno virou ruína.
Mas Isaías vai além da história. A Babilônia é também um espírito. Um sistema. Uma atitude. Um orgulho. Está no mundo. Está em mim.
A Babilônia é tudo que se exalta contra Deus. Poder que se acha suficiente. Justiça que esquece o frágil. Luxo sem compaixão.
E Deus diz: vai cair.
O “Dia do Senhor” é o tempo da virada. Onde a grandeza humana desaba. Onde o orgulho é desmascarado. Onde até o sol, a lua e as estrelas perdem o brilho diante da sua glória. O juízo vem — e é justo.
Apocalipse retoma a imagem. A Babilônia final também cai. Porque todo império erguido sem Deus, cedo ou tarde, desmorona.
O chamado é claro: não confie nas suas Babilônias. Nem nas suas forças. Nem nas suas estruturas. Tudo passa. Só Deus permanece.
Toda glória sem Deus é ruído antes do colapso. Toda segurança sem Ele é areia antes da tempestade.
Isaías 13 é aviso. Mas também misericórdia. Melhor cair agora do que no Dia. Melhor abrir mão do orgulho do que ser esmagado por ele.
Porque quando o Dia do Senhor chegar, só uma coisa vai ficar de pé: o próprio Senhor.