Nos dias de hoje, todos precisamos de uma armadura emocional forte. Sem ela, fica difícil manter a sanidade. Deixa eu te explicar o porquê.
Comecei um blog em 2008. Meu objetivo era falar sobre temas avançados. Escrevia 9, 10 ou mais posts por semana. Sempre gostei de escrever. Para mim, escrever é uma forma de pensar.
Com o tempo, ganhei reconhecimento pelo volume e pela profundidade do que produzia. Isso me levou a eventos, primeiro nas comunidades, depois em palcos maiores. Eu falava basicamente sobre os mesmos temas que escrevia.
Vieram muitas palestras. Conheci gente excelente dentro e fora da tecnologia. Fiz bons amigos. Alguns seguem comigo. Outros ficaram pelo caminho.
Aos poucos, ampliei meus temas. Passei a escrever e falar sobre o que estudo e gosto: filosofia, teologia, política. Compartilhei mais opinião. Minhas. Nem sempre aceitas.
No LinkedIn, continuo fazendo o que comecei lá atrás. Escrevo. Aprendo. Conheço gente. Ontem, publiquei um texto que gerou repercussão.
Algumas pessoas, que não me conhecem, disseram nos comentários que meu texto foi escrito pelo ChatGPT. Que momento.
Sim, eu uso o ChatGPT para revisar ortografia, ajustar gramática, melhorar fluidez, sugerir coesão, apontar falhas. Uso porque me ajuda. Mas as ideias continuam sendo minhas, o texto base, inicial, também é meu.
Esses poucos comentários, pequenos, e de gente aparentemente pequena, traziam um tom duro. Sarcástico. Você provavelmente já viu esse tipo de reação por aí.
Há anos escrevo e me exponho publicamente. E aprendi que preciso dessa armadura emocional. É ilógico dar mais atenção a quem só quer provocar quando tanta gente boa conversa comigo aqui. Mas não é simples. Mesmo assim, vale a pena.
No fim, sempre funciona assim. Quem aparece vira alvo. Mas só é atingido quem escolhe ser. Às vezes eu sou, mas cada vez menos.