22/12/2025

Não paro de me surpreender com a quantidade de ferramentas novas que surgem, todos os anos, para Domain-driven Design.

DDD me ajuda a organizar times, segmentar aplicações em serviços, definir estratégia de dados e muito mais… E o curioso é que, quanto mais o ecossistema muda, mais o DDD parece ganhar “novos usos” sem mudar de essência.

Recentemente, vi uma palestra do próprio Eric Evans em que ele falava exatamente sobre isso. Nela, ele compartilhou o seu método para identificar um novo uso, ou relacionado, com DDD. Ele chamou de “DDD New Thing Checklist”.

O que tinha o tal checklist? Três perguntas. Simples, mas perigosamente boas, porque viram um filtro para separar modismo de aprendizado.

1. DDD ajuda a fazer a “coisa nova”?

2. a “coisa nova” ajuda a praticar DDD (do jeito certo)?

3. a “coisa nova” ajuda a atingir os objetivos de DDD?

Se a resposta for sim para qualquer uma das perguntas, então temos um novo tema para estudar. E, talvez, uma boa chance de aprender sem virar refém da novidade.

Eu preparei uma formação falando sobre DDD. Está no meu clube de estudos. De tempos em tempos, vou precisar revisar e ampliar o conteúdo.

22/12/2025

Disseram que eu sou inclinado ao social-liberalismo. Eu ouvi, anotei, e senti um alívio discreto. Como se alguém tivesse colocado uma etiqueta legível em algo que, por dentro, é bem menos organizado.

Mas eu desconfio de etiquetas. Elas economizam pensamento. E, às vezes, economizam demais.

Se social-liberalismo é amar a liberdade e, ao mesmo tempo, não aceitar que liberdade vire desculpa para indiferença, então talvez faça sentido. Eu valorizo autonomia. Gosto de gente adulta, assumindo consequências, escolhendo com clareza. Mas também sei que “escolha” é uma palavra fácil na boca de quem teve opção desde cedo. Existem vidas que começam com uma dívida invisível. E cobrar mérito de quem nasceu devendo é um tipo elegante de crueldade.

Eu acredito em mercado. Em iniciativa. Em eficiência. Só que eu não acredito em idolatria. Mercado é ferramenta, não altar. E quando uma ferramenta vira altar, a gente passa a sacrificar gente para manter a crença.

Ao mesmo tempo, eu também desconfio do Estado quando ele se apresenta como pai. Pai demais infantiliza. E a linha entre proteção e controle é mais fina do que os bem-intencionados gostam de admitir. Eu quero um Estado que prepare o chão. Não um Estado que escolha o caminho. Eu quero regra clara, jogo limpo e rede para quem caiu. Não um abraço que vira coleira.

No fundo, a pergunta que me interessa não é “qual rótulo combina comigo”. É outra. O que eu estou tentando proteger quando falo de liberdade? Minha dignidade ou meu conforto? E o que eu estou tentando evitar quando falo de justiça social? A desigualdade em si, ou a culpa que ela me causa quando eu a encaro de perto?

Talvez social-liberalismo seja só isso. Um esforço de não trair dois valores ao mesmo tempo. Nem a liberdade do indivíduo. Nem a responsabilidade pelo outro. Um equilíbrio instável. Uma corda bamba moral.

Mas aí vem a parte mais incômoda. Em que situações eu aceitaria perder liberdade em nome de proteção? E em que situações eu aceitaria perder proteção em nome de liberdade? Quando isso me beneficia, eu chamo de “princípio”. Quando me prejudica, eu chamo de “exagero”.

Se eu for mesmo social-liberal, eu deveria ser capaz de dizer duas coisas sem gaguejar. A primeira: eu quero que as pessoas possam viver sem tutela. A segunda: eu não aceito que alguém seja esmagado só porque o sistema é “eficiente”.

E agora a pergunta final, que não é teórica. Ela é prática. Quando eu voto, quando eu compro, quando eu contrato, quando eu lidero, qual dessas duas frases manda em mim? Liberdade sem responsabilidade, ou responsabilidade sem liberdade?

Talvez eu esteja mais perto do social-liberalismo do que eu gostaria de admitir. Não por ideologia. Mas por incômodo. Porque eu não consigo romantizar nem o abandono, nem o controle. E quem não romantiza esses extremos, geralmente acaba morando no meio.

No meio é onde a gente perde aplauso. Mas talvez seja onde a gente ganha consciência.

22/12/2025

Fui ver o tal “Não entre com o pé-direito em 2026”, da Havaianas e, honestamente, não vi nada demais.

Há quem diga que existe ali uma “mensagem subliminar”, carregada de contexto político, por causa das eleições de 2026. Eu não enxerguei isso.

Só um parêntese: eu não posso ser descrito como um apoiador da esquerda, exceto pelas iniciativas sociais. Economicamente, estou mais alinhado à direita. Contraditório, eu sei. Mas é assim que eu sou. Digo isso só para deixar meu viés explícito.

Voltando ao vídeo: eu vi mais de uma vez. Sei das inclinações da atriz, para quem acompanha. Ainda assim, daí a concluir que a marca está apoiando um lado ou outro por causa daquele texto? Acho forçado.

Leia e julgue:

Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não, não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, né? Depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés, os dois pés na estrada, na porta, na jaca, onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma.

Agora, tem gente jogando Havaianas fora, organizando boicote à marca. Pra quê? No fim, isso também vira propaganda. A marca foi para a boca do povo. Estão falando mal, sim, mas estão falando dela. E aí aparece a pergunta incômoda: parece até que foi intencional. Será? Eu não tenho como afirmar. Mas, se não foi, no mínimo aceitaram um risco óbvio num país em que qualquer frase vira disputa de interpretação.

Curso Reputação e Marketing Pessoal

Masterclasses

01

Introdução do curso

02

Por que sua “reputação” é importante?

03

Como você se apresenta?

04

Como você apresenta suas ideias?

05

Como usar Storytelling?

06

Você tem uma dor? Eu tenho o alívio!

07

Escrita efetiva para não escritores

08

Como aumentar (e manter) sua audiência?

09

Gatilhos! Gatilhos!

10

Triple Threat: Domine Produto, Embalagem e Distribuição

11

Estratégias Vencedoras: Desbloqueie o Poder da Teoria dos Jogos

12

Análise SWOT de sua marca pessoal

13

Soterrado por informações? Aprenda a fazer gestão do conhecimento pessoal, do jeito certo

14

Vendo além do óbvio com a Pentad de Burkle

15

Construindo Reputação através de Métricas: A Arte de Alinhar Expectativas com Lag e Lead Measures

16

A Tríade da Liderança: Navegando entre Líder, Liderado e Contexto no Mundo do Marketing Pessoal

17

Análise PESTEL para Marketing Pessoal

18

Canvas de Proposta de Valor para Marca Pessoal

19

Método OKR para Objetivos Pessoais

20

Análise de Competências de Gallup

21

Feedback 360 Graus para Autoavaliação

22

Modelo de Cinco Forças de Porter

23

Estratégia Blue Ocean para Diferenciação Pessoal

24

Análise de Tendências para Previsão de Mercado

25

Design Thinking para Inovação Pessoal

26

Metodologia Agile para Desenvolvimento Pessoal

27

Análise de Redes Sociais para Ampliar Conexões

Lições complementares

28

Apresentando-se do Jeito Certo

29

O mercado remunera raridade? Como evidenciar a sua?

30

O que pode estar te impedindo de ter sucesso

Recomendações de Leituras

31

Aprendendo a qualificar sua reputação do jeito certo

32

Quem é você?

33

Qual a sua “IDEIA”?

34

StoryTelling

35

Você tem uma dor? Eu tenho o alívio!

36

Escrita efetiva para não escritores

37

Gatilhos!

38

Triple Threat: Domine Produto, Embalagem e Distribuição

39

Estratégias Vencedoras: Desbloqueie o Poder da Teoria do Jogos

40

Análise SWOT de sua marca pessoal

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