12/12/2025

Jeremias 47. Curto. Sete versículos. Oráculo contra os Filisteus.

Os filisteus ocupavam o litoral: Gaza, Ascalom, Asdode. Gaza ainda é Gaza, a mesma que aparece nas notícias. Um território que atravessa séculos como corredor de guerra, comércio e disputa. Não há continuidade étnica direta com a Palestina moderna, mas o nome “Palestina” vem de “Filistina” (Terra dos Filisteus).

A profecia vem antes da queda. Antes da tomada de Gaza por Faraó Neco II. Quando ainda há exército, muralhas e confiança. Os filisteus não caem por iniciativa própria. Caem como consequência. Estão no caminho. A geopolítica passa por cima.

A imagem das “águas do Norte” é forte. Falam da Babilônia. Elas sobem e não pedem licença. Arrastam tudo. Guerreiros, cidades, pais e filhos. O colapso não é heroico. É paralisante. Quando sistemas falham, até quem deveria proteger não consegue reagir.

A espada do Senhor não descansa. Não é celebração da violência. É a afirmação de que a história tem direção. Nem sempre somos o alvo. Às vezes somos o efeito colateral.

11/12/2025

Jeremias 46 abre a sequência de oráculos sobre as nações e começa pelo Egito. É a prova de que Deus não fala apenas com Israel, mas lê e julga a história inteira. O texto anuncia a chegada de Nabucodonosor antes que ela ocorra e descreve não só a queda egípcia, mas também sua reconstrução futura, porque Deus não elimina o que cria. Ao mesmo tempo, reafirma que Israel também será restaurado, mas não sem passar pela disciplina necessária. O capítulo sugere que, quando Deus permite que ruínas aconteçam, não é para encerrar histórias, e sim para amadurecer um povo que ainda precisa aprender a colocar sua confiança no lugar certo.

O Egito entra em cena com toda a sua força simbólica. A potência mais antiga do Oriente Próximo, sempre presente na memória de Israel, é agora colocada sob o mesmo crivo que qualquer outra nação. A batalha de Carquemis revela a fragilidade do que parecia estável. Exércitos bem treinados correm, mercenários abandonam postos, cidades importantes como Migdol, Tafnes e Mênfis são citadas como marcos de uma queda que se espalha. Até Faraó recebe um retrato desconfortável. É grande no discurso, pequeno no tempo da ação. A mensagem é clara: aquilo que se sustenta apenas em aparência não resiste ao dia em que Deus pesa as nações.

E no centro disso tudo surge um paradoxo. Enquanto o Egito é levado ao chão e depois levantado, Israel é repreendido, mas não descartado. A promessa final de retorno aparece como fio de continuidade num cenário de ruínas. O povo que achou que seria esquecido descobre que disciplina não é rejeição. É cuidado exigente. A queda dos impérios e a correção de Israel caminham juntas para mostrar que Deus não age por impulsos, mas por propósitos. Ele derruba para refazer. Fere para curar. Permite abalos não para destruir vidas, mas para despertar maturidade.

Jeremias 46 nos recorda que a história nunca está solta. Toda nação, grande ou pequena, responde diante de Deus. E todo povo que passa pela dor descobre algo que só a queda revela. A restauração tem raízes mais profundas do que a força que um dia ostentamos. É nesse ponto que o capítulo se torna experiência para nós também. Há quedas que não são o fim, mas início de um novo tipo de vida, mais firme, menos dependente de potências frágeis e mais consciente do único fundamento que permanece.

10/12/2025

Jeremias 45 é breve, mas desmonta uma ilusão persistente. Enquanto Deus reorganiza a história pela força, Baruque imagina crescimento pessoal. Ele registra a queda iminente, lida com reis oscilando entre potências estrangeiras, acompanha Jeremias no desgaste constante. Cansa. Reclama. E Deus o traz de volta ao real. Em um tempo de desmonte, buscar grandeza é perder o compasso do momento. A ambição de Baruque não era falta de fé. Era falta de leitura do cenário.

A resposta divina não vem como repreensão. Vem como resgate. Deus promete o que nenhuma potência poderia garantir: vida. A expressão “a tua vida será o teu despojo” carrega o vocabulário da guerra. É prêmio de quem atravessa ruínas. No colapso de Judá, quando alianças frágeis e proteções ilusórias já não sustentavam ninguém, sobreviver não era pouco. Era condição para qualquer futuro. A grandeza que Baruque desejava cabia em um reino prestes a desaparecer. A vida que recebe aponta para algo maior que o próprio momento.

A tradição percebeu esse movimento. O Livro de Baruque, preservado em comunidades judaicas da diáspora e no cânon católico e ortodoxo, transforma o escriba em voz que pensa o exílio por dentro. Mesmo composto mais tarde, ele revela a intuição central. Baruque é figura de travessia. É lembrado como guardião da memória, intérprete do trauma, ponte entre a queda e o que viria depois. A promessa de vida em Jeremias 45 encontra eco literário porque a preservação não era apenas proteção. Era vocação. Era continuidade para decifrar a própria história.

O capítulo se torna reflexão porque expõe uma tentação recorrente. Buscar grandeza quando o mundo está sendo nivelado. Confundir avanço com insistência. Há épocas em que o progresso possível é permanecer inteiro. Baruque aprende que a vida preservada não é prêmio pequeno, é a possibilidade de ver além do colapso. É a chance de testemunhar o desfecho que muitos não verão. É o privilégio de transformar a ruptura em leitura. A vida que recebe é longa o suficiente para alcançar o futuro. Depois da queda, só permanece quem pode reconstruir. E permanecer, às vezes, é a maior grandeza.

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Lições complementares

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Apresentando-se do Jeito Certo

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O mercado remunera raridade? Como evidenciar a sua?

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Recomendações de Leituras

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Aprendendo a qualificar sua reputação do jeito certo

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Você tem uma dor? Eu tenho o alívio!

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