10/12/2025

Jeremias 45 é breve, mas desmonta uma ilusão persistente. Enquanto Deus reorganiza a história pela força, Baruque imagina crescimento pessoal. Ele registra a queda iminente, lida com reis oscilando entre potências estrangeiras, acompanha Jeremias no desgaste constante. Cansa. Reclama. E Deus o traz de volta ao real. Em um tempo de desmonte, buscar grandeza é perder o compasso do momento. A ambição de Baruque não era falta de fé. Era falta de leitura do cenário.

A resposta divina não vem como repreensão. Vem como resgate. Deus promete o que nenhuma potência poderia garantir: vida. A expressão “a tua vida será o teu despojo” carrega o vocabulário da guerra. É prêmio de quem atravessa ruínas. No colapso de Judá, quando alianças frágeis e proteções ilusórias já não sustentavam ninguém, sobreviver não era pouco. Era condição para qualquer futuro. A grandeza que Baruque desejava cabia em um reino prestes a desaparecer. A vida que recebe aponta para algo maior que o próprio momento.

A tradição percebeu esse movimento. O Livro de Baruque, preservado em comunidades judaicas da diáspora e no cânon católico e ortodoxo, transforma o escriba em voz que pensa o exílio por dentro. Mesmo composto mais tarde, ele revela a intuição central. Baruque é figura de travessia. É lembrado como guardião da memória, intérprete do trauma, ponte entre a queda e o que viria depois. A promessa de vida em Jeremias 45 encontra eco literário porque a preservação não era apenas proteção. Era vocação. Era continuidade para decifrar a própria história.

O capítulo se torna reflexão porque expõe uma tentação recorrente. Buscar grandeza quando o mundo está sendo nivelado. Confundir avanço com insistência. Há épocas em que o progresso possível é permanecer inteiro. Baruque aprende que a vida preservada não é prêmio pequeno, é a possibilidade de ver além do colapso. É a chance de testemunhar o desfecho que muitos não verão. É o privilégio de transformar a ruptura em leitura. A vida que recebe é longa o suficiente para alcançar o futuro. Depois da queda, só permanece quem pode reconstruir. E permanecer, às vezes, é a maior grandeza.

09/12/2025

Jeremias 44 revela um paradoxo cruel: o povo foge para o Egito buscando proteção justamente no lugar de onde Deus os libertou séculos antes. Instalam-se em Migdol, Tafnes, Mênfis, cidades estratégicas e cheias de influência estrangeira. Mudam de geografia, mas não mudam de lógica. Reconstroem no Egito o mesmo culto que arruinou Jerusalém. Queimam incenso à Rainha dos Céus e defendem o ritual dizendo que “naquele tempo prosperávamos”. É a nostalgia distorcida transformada em teologia.

As mulheres afirmam que tudo ia bem enquanto faziam bolos para a Deus, prática associada a Ishtar/Astarte, muito forte no entorno egípcio. A presença judaica no Egito, inclusive registrada por Heródoto e confirmada por achados arqueológicos, mostra que não era apenas fuga: era assentamento. Eles estavam tentando recomeçar ali. Mas recomeços que se apoiam em velhos enganos não sustentam ninguém. O golpe militar que derrubaria Hofra, anunciado por Jeremias, prova que nem o Egito tinha o controle que prometia. A segurança buscada era ilusória.

O capítulo vira reflexão porque expõe algo recorrente: a tentativa de salvar o futuro repetindo o passado. A idolatria aqui não é só religiosa; é psicológica. É apego a explicações simples, rituais consoladores e memórias seletivas. É confiar mais em Tafnes que em transformação interior. Jeremias insiste que não é o território que oferece salvação. É a mudança profunda, aquela que rompe pactos invisíveis que carregamos sem perceber. Cada um de nós tem seu Egito, seu Hofra, sua “Rainha dos Céus”. O texto desafia: não adianta fugir se levamos o mesmo altar dentro do peito.

08/12/2025

Lei de Ashby.

“Só variedade absorve variedade.”

Um sistema só domina a complexidade quando carrega, dentro de si, respostas à altura do ambiente. Se o mundo apresenta dez tipos de problemas e você só tem três tipos de reação, game over! Não há como seguir adiante.

Complexidade não espera boa vontade. Ela exige repertório. E é exatamente aí que a metáfora do mar se impõe.

Navegar mares difíceis pede mais velas, mais instrumentos, mais leitura de vento. Sem variedade, o barco deriva. Com variedade, até a tempestade vira oportunidade. E, para quem lidera, é justamente no caos que o horizonte começa a aparecer.

Curso Reputação e Marketing Pessoal

Masterclasses

01

Introdução do curso

02

Por que sua “reputação” é importante?

03

Como você se apresenta?

04

Como você apresenta suas ideias?

05

Como usar Storytelling?

06

Você tem uma dor? Eu tenho o alívio!

07

Escrita efetiva para não escritores

08

Como aumentar (e manter) sua audiência?

09

Gatilhos! Gatilhos!

10

Triple Threat: Domine Produto, Embalagem e Distribuição

11

Estratégias Vencedoras: Desbloqueie o Poder da Teoria dos Jogos

12

Análise SWOT de sua marca pessoal

13

Soterrado por informações? Aprenda a fazer gestão do conhecimento pessoal, do jeito certo

14

Vendo além do óbvio com a Pentad de Burkle

15

Construindo Reputação através de Métricas: A Arte de Alinhar Expectativas com Lag e Lead Measures

16

A Tríade da Liderança: Navegando entre Líder, Liderado e Contexto no Mundo do Marketing Pessoal

17

Análise PESTEL para Marketing Pessoal

18

Canvas de Proposta de Valor para Marca Pessoal

19

Método OKR para Objetivos Pessoais

20

Análise de Competências de Gallup

21

Feedback 360 Graus para Autoavaliação

22

Modelo de Cinco Forças de Porter

23

Estratégia Blue Ocean para Diferenciação Pessoal

24

Análise de Tendências para Previsão de Mercado

25

Design Thinking para Inovação Pessoal

26

Metodologia Agile para Desenvolvimento Pessoal

27

Análise de Redes Sociais para Ampliar Conexões

Lições complementares

28

Apresentando-se do Jeito Certo

29

O mercado remunera raridade? Como evidenciar a sua?

30

O que pode estar te impedindo de ter sucesso

Recomendações de Leituras

31

Aprendendo a qualificar sua reputação do jeito certo

32

Quem é você?

33

Qual a sua “IDEIA”?

34

StoryTelling

35

Você tem uma dor? Eu tenho o alívio!

36

Escrita efetiva para não escritores

37

Gatilhos!

38

Triple Threat: Domine Produto, Embalagem e Distribuição

39

Estratégias Vencedoras: Desbloqueie o Poder da Teoria do Jogos

40

Análise SWOT de sua marca pessoal

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