10/03/2025

Eu tento aprender em tudo.

Jogo xadrez. Sempre quis jogar melhor do que consigo. Por isso, busquei ajuda de alguém que pudesse me ajudar. Um mestre de verdade. Um mentor.

Em uma das sessões, ele me explicou sobre “oportunidades únicas” no Xadrez.

Uma falha do adversário. Uma peça desprotegida. Uma chance clara de usar uma combinação decisiva. A vitória ali, ao seu alcance!

Se você não aproveita essa oportunidade única imediatamente, dizia ele, no próximo lance o adversário se recupera. Protege a peça. Impede a combinação. A chance vai embora.

Deixar escapar oportunidades únicas no xadrez costuma custar caro. Às vezes, leva embora sua única chance real de vencer. Outras vezes, um jogo quase ganho começa lentamente a virar derrota.

Dói perder partidas assim, viu? Eu sei bem.

Na vida é exatamente igual.

Não falo só de vencer ou perder, nem só sobre adversários. Refiro-me a algo maior: oportunidades. Aquilo que pode nos levar a uma condição melhor, uma vida mais satisfatória ou, pelo menos, boas lembranças.

É a famosa “janela de oportunidade”. Ou você aproveita enquanto está aberta, ou ela se fecha para sempre.

Há tempos lanço turmas de mentoria e vejo muita gente dizendo que quer participar, mas que acaba deixando para depois.

Só que “depois” pode nunca mais chegar.

Na minha próxima turma de mentoria, vamos falar sobre arquitetura de software com apoio de IA, um assunto essencial para quem quer se destacar profissionalmente. Vou compartilhar o que aprendi em anos de experiência sobre como projetar software de maneia eficaz, só que agora, usando todo apoio possível da inteligência artificial.

Minhas mentorias têm algo especial: são práticas, baseadas em experiências reais e aplicáveis imediatamente. Tenho um conteúdo exclusivo preparado, com exemplos reais e técnicas que já validei na prática, mas a oportunidade de participar é limitada e, de certa forma, única. Além de poder ser a última!

A janela está aberta agora. Estou aceitando candidaturas para a próxima turma hoje mesmo. Você vai aproveitar ou vai arriscar vê-la se fechando novamente?

09/03/2025

Eu tomo decisões todos os dias. Aposto que você também. Algumas são fáceis, outras complicadas. Mas minha memória insiste em não colaborar. Isso já foi um problema, mas não é mais.

Sabe o que eu almocei ontem? Não? Nem eu. Minha memória parece um bloquinho cheio de folhas soltas. Se não anoto, esqueço. Quando anoto, perco o bloquinho.

Claro que minha nutrição importa. Mas as decisões do trabalho me preocupam ainda mais.

Eu até lembrava de ter decidido, só que os motivos por trás dessas decisões evaporavam rapidamente. E aí, quando precisava rever algo antigo, ficava diante de um dilema desagradável: mudar algo que eu não entendia ou tentar não mudar nada. Cadê o controle do risco e do custo da mudança?

Quando a decisão não era minha, pior ainda. Nem sempre dava para saber quem decidiu. Especialmente em empresas, às vezes a pessoa responsável já foi embora há tempos, levando os motivos com ela.

Seria ótimo se cada decisão fosse cuidadosamente documentada, não é? Pois é, entendi que documentar decisões bem faz diferença.

Só que, cá entre nós, ninguém gosta de documentar. Eu também não gosto. Parece tempo perdido. O “eu do presente” raramente é gentil com o “eu do futuro”. Talvez esteja ocupado demais culpando o “eu do passado”.

Quando eu documento, faço com consistência e padrão. Mas o problema são sempre os outros. Se já é difícil convencer alguém a registrar algo, imagine garantir cuidado com estrutura e vocabulário.

Resultado? Todo mundo concorda que documentar é essencial, mas quase ninguém realmente faz isso direito. E, acredite, quando se fala de documentação, principalmente de decisões, uma andorinha só não faz verão.

É aqui que entra a inteligência artificial.

Uma IA não reclama, não se entedia, nem perde detalhes pelo caminho. Ela é boa em seguir padrões, ótima com vocabulário e não se importa em revisar, ajustar ou começar do zero quantas vezes forem necessárias.

Atas, sentenças, ofícios, diagnósticos e muito mais. ADRs se você desenvolve software. Tudo isso deveria ser escrito hoje com IA.

Com a IA, a documentação das decisões passa do caos à ordem, da frustração à tranquilidade. Ela pode ser exatamente a ajuda que precisamos para garantir eficiência e qualidade. E isso, lá na frente, pode fazer toda a diferença.

Eu passei a adotar IA para documentar decisões e isso mudou o jogo para mim. Principalmente, porque criei formas do time usar as mesmas ferramentas que eu. Padronização!

Hoje, em minhas consultorias, defendo e mostro como usar IA do jeito certo. Na minha próxima turma de mentoria em arquitetura de software, vou mostrar tudo que tenho feito. O que tem funcionado de verdade e o que não faz tanta diferença assim.

Se você é arquiteto de software, documentar decisões é essencial, e eu vou te mostrar como fazer isso com IA.

08/03/2025

Otávio e eu fomos comprar sorvete, e cada um de nós escolheu um picolé. Não é bom para o meu diabetes, mas em dias quentes, quem resiste?

Enquanto eu pagava, Otávio observou a lixeira próxima e comentou: “Nossa, o picolé de manga é um sucesso!”. Realmente, a quantidade de embalagens de picolé de manga no cestinho chamava a atenção. Mas nem tudo que parece é, por isso é bom lembrar que até o aparentemente certo pode estar bem errado.

A moça do caixa acha o Otávio uma graça, mas não pôde deixar de corrigi-lo na hora. “Antes fosse!”, disse ela, “eles ficaram fora da validade, daí tivemos que descartar todos eles.” O que o Otávio considerava um sinal de sucesso era o indicativo do fracasso – entre tantas escolhas, ninguém escolhia o picolé de manga, até em dias quentes.

Lembrete para mim: nem tudo que parece é. Otávio é sagaz, observou e concluiu bem, mas errado, tadinho!

Quando se trata de analisar fatos, quem se apressa na descoberta erra na conclusão.

Sempre reforço para quem estuda comigo, para os meus mentorados, para os clientes da EximiaCo, para quem trabalha comigo, a importância de desenvolver a consciência situacional.

Nunca saberemos tudo, é verdade, mas quanto mais conscientes estivermos da realidade, mais chances temos de acertar conscientemente. Quanto menos sabemos, maiores as chances de acertar em tudo, menos no mais importante.

Às vezes, o que tem na lixeira é só lixo mesmo. Nem tudo que observamos é um sinal profundo esperando ser decifrado. Algumas coisas simplesmente são o que são, e é preciso sabedoria para aceitar que nem toda evidência aponta para uma verdade oculta.

Sejamos conscientes de nossa falta de consciência. E você, se tiver diabetes, aprecie picolés com moderação, incluindo os de manga.

06/03/2025

Este texto é para pessoas técnicas, especialmente desenvolvedores de software.

O Domain-driven Design (DDD) transforma a maneira como projetamos sistemas, aproximando desenvolvedores e pessoas de negócios. No entanto, essa aproximação nem sempre é fácil por um motivo simples: a comunicação. Mas não precisa ser assim.

Profissionais que dominam técnicas de comunicação, como publicitários e vendedores, frequentemente falam sobre storytelling. Já os profissionais técnicos costumam achar que storytelling só serve para “vender coisas”. Felizmente, existe uma alternativa prática e eficaz chamada Domain Storytelling.

A ideia é simples: usar o conceito de storytelling de forma estruturada para expressar claramente nosso entendimento sobre o domínio. Dessa maneira, tanto profissionais técnicos quanto de negócios conseguem se entender melhor.

Eu tenho usado com muito sucesso em minhas consutorias e, embora trabalhe com DDD há décadas, mudou o jogo para mim.

O desafio é colocar o Domain Storytelling em prática. Apesar de existirem bons livros, muitas vezes extensos e teóricos demais, sobre o tema, pouca gente lê. Por isso, resolvi facilitar as coisas: vou apresentar o essencial sobre Domain Storytelling em uma masterclass de aproximadamente duas horas, especialmente para o meu clube de estudos.

Quer aprender Domain Storytelling de forma prática e simples? O evento acontecerá dia 25/03.

Como sempre, a masterclass será gravada. Já tenho muitas aulas prontas, que você pode assistir em qualquer ordem, como achar mais relevante para você, mas participar ao vivo é bem mais interessante. Se ainda não se inscreveu, aproveite para fazer isso agora. Aguardo você lá!

06/03/2025

Eu aprendi, já tem algum tempo, que vender coisas ou ideias começa pela habilidade de contar bem uma boa história. Mas vamos combinar: contar história boa não é fácil, né? Tem muita gente tentando, pouca gente conseguindo.

Eu mesmo tentei um monte de coisas. Técnicas pra contar história tem aos montes por aí, mas a maioria é difícil de aprender e fácil de esquecer. O que acontece então? Mais frustração do que sucesso. Toda vez que eu usava uma técnica dessas, ficava com a sensação de estar “artificial”, e acabava desistindo.

Anos tentando e falhando, me levaram a quase que por acidente – aliás, é curioso como esses “acidentes” acontecem para quem persiste – a uma técnica poderosa, fácil de aprender e simples de aplicar, que já foi testada e comprovada. E sabe qual o melhor? Essa técnica é o segredo por trás de séries incríveis como South Park e Os Simpsons.

O nome da técnica é ABT. Acrônimo para “and”, “but” e “therefore”. Uma forma de estruturar histórias e combinar frases. Hoje em dia, eu uso ela em quase tudo o que eu faço, incluindo texto que você tá lendo. Uso ela para estruturar minha fala, minhas palestras, e até as minhas ideias.

Mais que uma técnica, é um framework completo. Me ajuda tanto que resolvi abrir o jogo lá no meu clube de estudos. Esse vai ser o tema da minha próxima masterclass, dia 11/03. Bora junto? Você vai aprender rápido e sair contando histórias que convencem.

Se você ainda não entrou no grupo, não deixa pra depois, clique aqui e inscreva-se. Todas as minhas aulas, incluindo essa, ficam gravadas, mas é bem mais legal ao vivo. Se você já perdeu o prazo, te inscreve também. Todo mês eu preparo uma masterclass sobre algo que mudou o jogo para mim e pode mudar para você também.

03/03/2025

Cresci pensando que o essencial na escrita era ser entendido. Nunca compreendi bem o porquê de tantos porquês. Mas, tudo mudou. Ainda bem!

Início dos anos 2000, eu já era um cara de tecnologia. Já era pai. Achava que falava bem em público. Achava que escrevia bem. Mas não era bem assim.

Um dia, a empresa onde eu trabalhava resolveu montar uma “universidade corporativa”. A gente ia aprender sobre um monte de coisas, inclusive sobre escrita. Como eu achava que já sabia escrever, considerava perda de tempo. Mas, ficaria feio dizer isso em voz alta.

Começou a tal universidade, e conheci o professor Normélio. Pelo nome, só poderia ser professor de língua portuguesa. Tudo indicava que seria chato! Mas, foi transformador.

Normélio era um senhorzinho simpático, simples, mas sofisticado. Pensa em alguém que gostava do que fazia. Quando ele lia os textos que a gente escrevia, que seguramente tinham gosto duvidoso, parecia degustar cada palavra. Pensando bem, coitado do Normélio que poderia estar lendo Machado de Assis, mas estava ali, lendo os nossos textos.

Em uma das primeiras aulas, ele pediu para que a gente escrevesse uma carta comercial. Eu escrevi. Ele pediu para ler minha carta para a turma. Eu deixei.

Ele elogiou muito a minha escrita. Ele achou particularmente interessante um trecho onde geralmente aparece “menor preço” eu escrevi “melhor preço”. Eu pensei “viu só, eu sei escrever” e agradeci.

Ele, no entanto, não parou por ali. Disse que eu escrevia bem, mas virgulava mal. Quê?

Eu não era um cara exatamente acostumado a receber críticas. Aquela não foi uma crítica fácil de aceitar no primeiro momento.

Ele sorria com delicadeza, meus colegas riam alto e eu nem sabia o porquê.

Indignado, respondi que só usava uma regra: colocava vírgulas nas pausas. Ele concordou comigo, disse que seria o suficinente, mas lembrou que, então, para virgular certo, eu precisaria falar certo. Doeu!

Sabe aquelas pessoas que não aceitam críticas, e daí quase se matam para provar que são capazes?Muito prazer, eu.

Resolvi aprender regras de boa escrita. De verdade. Nem lembro quanto do dinheiro que não tinha gastei para comprar os melhores livros. Eles ajudavam, só que pouco. Pensa em algo chato. Mesmo assim, fui persistente.

Alguns colegas disseram que eu estava exagerando. Que nem sabiam ao certo o porquê de aulas de português na universidade corporativa. Mas eu sabia! De um monte de coisas que eu queria fazer bem, escrever era o que eu fazia pior e o Normélio deixou isso claro pra todo mundo.

Sou persistente – uma forma mais simpática de dizer que sou teimoso – e me convenci que aprenderia a escrever muito bem – até para os padrões do Normélio. Me convenci, sei lá como, que escrever bem me deixaria mais preparado, embora eu não soubesse exatamente o porquê.

Foi aí que, do nada, comecei a ser “Ghost Writer” dos meus chefes. Minha missão era escrever o ponto de vista deles, usando o vocabulário deles, mas corretamente. Escrever o primeiro texto não foi fácil. Tentei combinar ao máximo o estilo das pessoas que admirava com técnica. No fim, técnica e treino, com o tempo, se revelam talento.

Escrever bem fez com que meus chefes confirmassem que eu realmente entendia o que eles diziam. Meus textos eram publicados em revistas, em anúncios, em jornais. Na verdade, o texto era deles; eu era apenas um instrumento. Eu tinha a habilidade de colocar em palavras ideias que nem eles conseguiam expressar claramente. Isso nos aproximou.

Depois disso, escrever virou um hábito natural. Aliás, comecei a perceber elementos da escrita em outras coisas. Comecei a entender que conhecimento codificado resiste ao tempo. Um texto bem escrito é mais duradouro.

Meu contato é com pessoas técnicas. Sempre foi e, provavelmente, sempre será. Essas pessoas nem sempre se importam com a escrita correta. Mas faço questão de alertá-las: de nada adianta ter boas ideias se você não consegue expressá-las. E não há forma melhor de expressar uma boa ideia do que com um bom texto, bem escrito. Normélio me ensinou isso.

Fiquei sabendo, há alguns anos, que o querido professor havia partido. Até hoje sinto saudades dele, embora eu ache que ele seguiu seu final de vida sem lembrar exatamente de mim. Mas não importa. Hoje, quando dou uma palestra ou uma aula, o legado dele continua comigo. Normélio costumava dizer: “Quem escreve bem, fala melhor”.

O verdadeiro aprendizado transforma vidas, ultrapassa gerações e cria legados duradouros, mesmo quando aqueles que ensinam já não estão mais presentes.

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