18/12/2025

A adoção da IA nas empresas não fracassa por falta de ferramenta. Fracassa por excesso de ilusão. Compra-se software esperando transformação. O processo continua o mesmo. O resultado também.

Não é sobre licenças de ChatGPT, Gemini ou Copilot. Isso é detalhe operacional. O ponto real é outro. Tornar o uso da IA parte do fluxo de trabalho. Invisível. Inevitável. Quando precisa ser lembrada, já falhou.

O que tenho recomendado há tempos vai contra a tentação do atalho. Em vez de espalhar interfaces genéricas pela organização, o caminho é mais simples e mais trabalhoso ao mesmo tempo. Interfaces customizadas. Encaixadas nas aplicações que as pessoas já usam. Onde o trabalho de fato acontece.

Um exemplo concreto.

A área de negócios precisa abrir uma solicitação para o time técnico. Uma nova feature. O ritual é conhecido. Formulário pobre. Texto raso. Ruído garantido. Em vez disso, peça apenas uma explicação livre. Texto cru. Do jeito que a pessoa consegue escrever.

A partir daí, a IA entra em cena. Não para impressionar. Para traduzir. Ela adapta o texto para o formato esperado pelo time técnico. Devolve ao usuário. Confirma se aquilo realmente expressa o que ele quer. Sem interpretação heroica depois.

Em seguida, a solicitação é avaliada. Criticamente. Notas de 0 a 10 em aspectos relevantes. Passou do mínimo, segue o jogo. Não passou, para tudo.

A IA formula três perguntas objetivas. As respostas melhoram o pedido. Uma nova versão surge. O ciclo recomeça. Até a demanda estar madura o suficiente para não desperdiçar tempo de ninguém.

O efeito é simples. Sai a interface genérica. Entra uma interface turbinada com IA. Fácil de usar. Sem aula de prompt. Sem glamour. Menos ruído entre áreas. Decisões melhores. Menos retrabalho. Menos custo.

Nesse modelo, a IA não é ferramenta.

É infraestrutura cognitiva.

E infraestrutura, quando funciona, ninguém percebe.

18/12/2025

Lamentações 1 é tradicionalmente atribuído a Jeremias ou ao seu círculo e inaugura um livro curto, composto por apenas cinco capítulos. Apesar da brevidade, trata-se de uma das obras mais densas do Antigo Testamento. O primeiro capítulo funciona como porta de entrada: estabelece o tom, o método e a honestidade com que o sofrimento será tratado.

O texto nasce no contexto imediato da queda de Jerusalém em 586 a.C. A cidade está destruída, o templo incendiado, a liderança deportada e a vida institucional desfeita. Não é profecia nem advertência. É lamento posterior aos fatos, escrito por quem presenciou o colapso e agora tenta compreendê-lo sem ilusões.

Lamentações 1 é um poema acróstico. Cada verso começa com uma letra do alfabeto hebraico, de Alef a Tav. Essa estrutura aparece em outros textos bíblicos, como os Salmos 25, 34, 37, 111, 112, 119 e Provérbios 31. A intenção é didática: impor ordem literária ao caos da experiência. Quando a realidade perde forma, a linguagem tenta preservá-la.

Historicamente, Jerusalém é apresentada como uma cidade isolada e vulnerável. A imagem da viúva expressa a perda de proteção política, econômica e religiosa. As festas cessaram, o culto foi interrompido e os aliados abandonaram a cidade. O sofrimento descrito é coletivo e institucional, não apenas emocional.

Teologicamente, o capítulo introduz a noção de responsabilidade histórica. Jerusalém reconhece a ruptura que antecedeu a destruição. Não há vitimização, mas lucidez. Deus é invocado e permanece em silêncio, sinal da crise da antiga teologia de segurança automática ligada ao templo. Como primeiro capítulo de um livro curto, Lamentações 1 ensina que antes de qualquer reconstrução, é preciso compreender a perda e atravessar o luto com clareza.

17/12/2025

Jeremias 52 encerra o livro com um relato histórico preciso e desconcertante. Não há discurso, não há explicação teológica explícita, não há novas promessas. O texto registra datas, nomes, números e eventos como quem faz um inventário depois de um desastre. A queda de Jerusalém em 586 a.C., o cerco prolongado, a fome extrema, a brecha nos muros e a captura do rei aparecem sem adjetivos. A tragédia é apresentada como fato consumado.

O capítulo reforça que a destruição não foi súbita nem caótica. Houve deportações em momentos diferentes, atingindo primeiro a elite, depois líderes religiosos e, por fim, o que restava da estrutura política. O templo é desmontado com cuidado técnico. Os utensílios sagrados são listados um a um. O sumo sacerdote é executado, algo raríssimo na história de Israel. O culto não é apenas interrompido. Ele é desmantelado.

O rei Zedequias assiste à morte dos filhos e depois é cegado. O último olhar é o fim da própria linhagem. A cegueira não inaugura a queda. Ela a confirma. A liderança já não via muito antes. O texto insiste nesse ponto sem precisar explicá-lo.

O silêncio de Deus é absoluto. Nenhuma fala divina aparece no capítulo. Ainda assim, o livro não termina no fundo do poço. Décadas depois, já na Babilônia, Joaquim é libertado da prisão, tratado com dignidade e recebe lugar à mesa do rei. Não há retorno, nem reconstrução. Apenas continuidade. O livro fecha afirmando, sem dizer, que o juízo foi real, mas a história não foi encerrada. Mesmo no exílio, algo essencial permanece vivo.

Curso Reputação e Marketing Pessoal

Masterclasses

01

Introdução do curso

02

Por que sua “reputação” é importante?

03

Como você se apresenta?

04

Como você apresenta suas ideias?

05

Como usar Storytelling?

06

Você tem uma dor? Eu tenho o alívio!

07

Escrita efetiva para não escritores

08

Como aumentar (e manter) sua audiência?

09

Gatilhos! Gatilhos!

10

Triple Threat: Domine Produto, Embalagem e Distribuição

11

Estratégias Vencedoras: Desbloqueie o Poder da Teoria dos Jogos

12

Análise SWOT de sua marca pessoal

13

Soterrado por informações? Aprenda a fazer gestão do conhecimento pessoal, do jeito certo

14

Vendo além do óbvio com a Pentad de Burkle

15

Construindo Reputação através de Métricas: A Arte de Alinhar Expectativas com Lag e Lead Measures

16

A Tríade da Liderança: Navegando entre Líder, Liderado e Contexto no Mundo do Marketing Pessoal

17

Análise PESTEL para Marketing Pessoal

18

Canvas de Proposta de Valor para Marca Pessoal

19

Método OKR para Objetivos Pessoais

20

Análise de Competências de Gallup

21

Feedback 360 Graus para Autoavaliação

22

Modelo de Cinco Forças de Porter

23

Estratégia Blue Ocean para Diferenciação Pessoal

24

Análise de Tendências para Previsão de Mercado

25

Design Thinking para Inovação Pessoal

26

Metodologia Agile para Desenvolvimento Pessoal

27

Análise de Redes Sociais para Ampliar Conexões

Lições complementares

28

Apresentando-se do Jeito Certo

29

O mercado remunera raridade? Como evidenciar a sua?

30

O que pode estar te impedindo de ter sucesso

Recomendações de Leituras

31

Aprendendo a qualificar sua reputação do jeito certo

32

Quem é você?

33

Qual a sua “IDEIA”?

34

StoryTelling

35

Você tem uma dor? Eu tenho o alívio!

36

Escrita efetiva para não escritores

37

Gatilhos!

38

Triple Threat: Domine Produto, Embalagem e Distribuição

39

Estratégias Vencedoras: Desbloqueie o Poder da Teoria do Jogos

40

Análise SWOT de sua marca pessoal

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