Superficialmente, direito e privilégio são conceitos que se aproximam e, eventualmente, se confundem. Mas, com um pouco de cuidado, ficam claras as diferenças.
Um direito é sempre partilhado pelo interesse comum. Um privilégio, por outro lado, é sempre particular. O direito é sempre público. O privilégio, com frequência, é privado.
Um direito pode ser para todos ou reconhecido por todos – logo, é sempre universal. Mesmo que não seja para todos é aceito por todos.
O simples reconhecimento de um direito, em uma Democracia, não o garante. Apenas autoriza a luta legítima para sua conquista. Assim, por exemplo, o direito a liberdade de expressão, por exemplo, não nasce de seu reconhecimento. Este, apenas autoriza a luta ativa pela sua efetividade. Da mesma forma, o direito a vida, ao tratamento igualitário, etc.
Com frequência, o estabelecimento de um direito anula um privilégio, daí motiva o conflito.
Todo direito que é tolhido de uma parte, mesmo que diminuta, converte-se em privilégio. Todo privilégio, quando tornado universal, converte-se em direito.
“Minoria”, tem origem em Kant no conceito de “Menoridade”. E, originalmente, servia para descrever pessoas em condição de dependência – esses, por não serem livres, não tinham escolha e… nem direito. Por isso, é uma forma péssima de descrever qualquer grupo!