É importante que a alta liderança de tecnologia “fale a língua do negócio”. Entretanto, isso não significa, em hipótese alguma, que ela deva parar de agir com “identidade tecnológica”. Muito pelo contrário!
Se o CFO é a pessoa que ajuda a companhia a entender o negócio sob o ponto de vista financeiro, o CMO é quem desenvolve o entendimento mercadológico, o COO é quem sensibiliza e norteia a execução das operações, então, é esperado que o CDO/CIO/CTO seja quem contribua com visão aprofundada da perspectiva de tecnologia.
Cabe a liderança tecnológica, em suas intervenções, dar mais ênfase, profundidade e solidez à tecnologia, não menos. Afinal, é atribuição dela gerar o entendimento para que, com a ênfase certa, a organização atinja os resultados desejados.
É notório que “negócio” é “tecnologia” precisam colaborar. É dessa postura que surge o refinamento de todos os executivos do “negócio” para pensar em tecnologia, fazer questionamentos, e materializar vantagens competitivas perduráveis. Se a alta gestão não “fala tecnologia”, é indicativo de atuação tímida (ou intimidada) da liderança tecnológica. Quando há colaboração, a comunicação precisa fluir bem em todos os sentidos (e não em apenas uma direção).
Dada a relevância crescente nas empresas, é fundamental que os conceitos chaves de tecnologias sejam incorporados por todos. Tem ficado mais comum, felizmente, “gente do negócio” usando e fomentando excelentes discussões sobre nuvem, servidores, segurança e muito mais.
Até recentemente, era comum ver a alta gestão tecnológica perdendo “musculatura técnica” em favor de uma suposta “musculatura de negócios”. Agora, felizmente, parece que essa liderança está voltando a dar atenção para a “musculatura certa” novamente.
A missão da área de tecnologia não é ser, simplesmente, enabler para o “negócio”. Afinal, cada vez mais, os outcomes do departamento de tecnologia são os outcomes do negócio.