O meio qualifica ou desqualifica a mensagem.
Quando não der para ser “olho no olho”, que seja uma ligação.
Se a ligação não couber no tempo, que venha uma mensagem de voz — com pausa, com tom, com respiração.
Se a voz não encontrar caminho, que seja então um texto — breve, mas com alma.
E se restar a dúvida, que fale o silêncio — um silêncio tranquilo, que acolhe.
Mas cuidado com o silêncio que não apenas cala, mas pesa. Porque o silêncio também fala — e às vezes fere.
Quanto mais frágil o meio, mais vulnerável a mensagem. E nesse espaço aberto, o não dito pode virar flecha, sem nunca ter sido palavra.
Então, na dúvida, que o silêncio encontre tradução. Que vire gesto, olhar, palavra dita com cuidado.
Não deixemos que amizades se percam nos cemitérios das palavras que só existiram na imaginação.