Recentemente, comecei a usar um desses sensores de glicose.
Pequeno, discreto — e com memória de 8 horas.
Consigo acompanhar minha glicose 24/7. Em tempo real.
É uma evolução.
Antes, eu precisava importar os dados manualmente.
Abrir o aplicativo. Sincronizar.
Hoje, com Bluetooth, basta estar por perto.
E se algo foge do normal, ele avisa.
Hipoglicemia? Alerta.
Hiperglicemia? Também.
Não é barato.
Mas ainda bem que posso pagar.
Porque, sinceramente, eu odeio picadas na ponta dos dedos.
Confesso: às vezes me sinto meio ciborgue.
Além do sensor, uso um desses anéis inteligentes.
Monitoram sono, batimentos, temperatura.
Literalmente, carrego tecnologia nos dedos e no braço.
Como alguém da tecnologia, é impossível não pensar nas possibilidades.
Imagino integrações que ainda não existem.
Agentes de IA acompanhando meus dados,
tomando decisões antes mesmo de eu sentir qualquer coisa.
Lá em 2014, li Michael Porter escrevendo sobre como dispositivos inteligentes e conectados mudariam a competição.
Ele estava certo.
Mas, mais do que mudar mercados, essas tecnologias mudam a gente.
Nem sempre pra melhor.
Mas, nesse caso, sim.
Durante muito tempo, eu não me cuidei direito.
E quando a gente finalmente aprende a cuidar,
toda ajuda é bem-vinda.