O título é uma afirmação de Sam Altman, CEO da OpenAI. Ele não fez previsão. Fez constatação.
Dario Amodei, da Anthropic, completou: metade dos cargos de entrada já pode ser substituída por máquina.
Empresas ouvem. Agem.
Shopify exige justificativa para cada contratação humana.
Duolingo reduz terceirizados.
Vaga que pode ser automatizada, será.
Não é crise. É critério.
O começo da fila some. O meio desaba.
Quem liderava entrega. Quem executava desaparece.
A hierarquia não se ajusta. Encolhe.
Chama-se juniorização.
Nome neutro para um rebaixamento em cadeia.
O que era execução virou prompt.
O que era cargo virou função.
O que era gente virou ruído — ou corte.
O novo funcionário já não faz.
Orienta quem faz.
Ou supervisiona quem nunca dorme: a máquina.
O critério inverteu.
Tempo de carreira cede lugar à velocidade de adaptação.
Experiência pesa. Agilidade vale.
Saber operar deixou de ser suficiente. É preciso reconfigurar o sistema.
A OpenAI já testa o GPT-4.5 — um modelo que simula conversa com quem pensa.
E o Codex, que escreve código, interage com sistemas, executa.
A IA não sugere. Implementa.
Claro: os CEOs têm interesse no avanço dessa narrativa.
Mas o recado está aí.
E o mercado escuta.
Cargo continua existindo.
Só mudou de função. E de dono.
Vira excesso, quem ainda acha que não.