Deixa em compartilhar com você um pouco da minha história…
Trabalhei durante muitos anos em uma empresa de vanguarda tecnológica. O tipo de software que fazíamos era diferente de tudo que outras empresas faziam. Performance, 3D, escala, tudo isso era parte comum de nossas preocupações. Entretanto, por mais curioso que possa parecer, a conversa na alta direção era tudo, menos técnica.
De fato, durante muitos anos fiquei indignado pelo “comando” de uma organização tão bem-sucedida usando tecnologia de ponta parecer não se interessar pelo assunto. Por anos, travei batalhas épicas e inglórias tentando mudar o mindset daquelas pessoas. Até que, muito tempo depois, entendi que seria mais fácil promover mudanças em mim do que nelas. Ou seja, no lugar de esperar a mudança nos outros, o mais coerente, sensato e prático era mudar algumas coisas no meu comportamento. Foi quanto entendi que para falar com pessoas de negócio, precisaria entender o ponto de vista delas.
Algumas pessoas poderiam descrever minha iniciativa como “empatia”. Eu, prefiro entender como oportunidade! De fato, a gestão tecnológica, principalmente em cargos mais altos, demanda, sim, excelência técnica, mas também pede por um pouco mais.
Qualquer pessoa em C-Level – seja CIO, CTO, CDO – precisa saber, por exemplo, fazer as contas. Também precisa entender sobre estratégia do negócio e, mais do que isso, encontrar meios efetivos para colaborar. Não se trata, reconheço de “ciência de foguetes”, mas, também, passa bem longe do trivial.
Meu movimento “do tech ao biz”, não foi necessariamente fácil. Cometi uma série de tropeços no caminho e hoje reconheço alguns atalhos que poderiam ter sido bem úteis lá atrás. Essa, aliás, é minha motivação para montar a mentoria “Do Tech ao Biz” que já está com turma em formação.