Viver é assumir uma visão. Sempre. Ela pode ser madura, refletida, construída no tempo. Ou pode ser curta, impulsiva, hedonista. A ausência de visão consciente não gera neutralidade. Gera submissão. O ser humano não vive sem uma estrutura de orientação. Quando ela não é escolhida, ela se impõe.
Quem não constrói a própria visão passa a habitar a de outro ou, pior, a ser governado por caprichos imediatos. Nesse ponto, não governa. É governado. E ser governado por impulsos de curto prazo é praticamente indistinguível de ser possuído por algo. Algo que decide no lugar dele, sem horizonte, sem responsabilidade, sem cuidado com as consequências.
Por isso, a escolha da visão não é opcional, é vital. Ser “possuído” pela visão errada produz danos que se espalham. Para o indivíduo e para todos ao redor. Uma visão ruim gera um plano ruim. Um plano ruim gera uma vida desnecessariamente trágica. Nada disso é inevitável. Visão certa, escolhida com lucidez, vira plano. Plano transforma intenção em caminho. E caminho, quando bem escolhido, preserva a vida em vez de desperdiçá-la.