Isaías 19 fala do Egito. Juízo e redenção. Tempo de Acaz e Ezequias. Isaías, tinha voz na corte de Judá. Advertia: não confiem em alianças. Não busquem socorro no Egito.
O Egito vivia crise. 25ª dinastia cuxita. Reis vindos da Núbia. O Delta sob disputa. Divisão interna. A Assíria crescia, tomando Síria, Israel, Moabe. Judá tentava resistir. Muitos sonhavam com o braço egípcio. Isaías corta: o Egito cairá.
Três golpes. Primeiro, guerra civil. Irmão contra irmão. Cidade contra cidade. Depois, o Nilo. Fonte de vida, seca. Agricultura arrasada. O junco, o linho, a pesca, até a cerveja — nada resta. Por fim, liderança falha. Tanis, Mênfis, sem rumo. Conselheiros insensatos. O povo entregue a um rei cruel. Pode ser Shabaka. Pode ser Esar-Hadom. Ambos instrumentos de Deus.
Mas o oráculo vira. Do juízo à esperança. O Egito treme diante de Judá. Cinco cidades falam a língua de Canaã. Até Heliópolis, centro do culto a Rá, se dobra. Surge um altar ao Senhor. Um obelisco erguido ao verdadeiro Deus. O Senhor fere. Mas fere para curar. O povo clama. Ele responde.
A visão explode. Egito, Assíria e Israel. Inimigos jurados, agora irmãos. O Egito chamado “meu povo”. A Assíria, “obra de minhas mãos”. Israel, “minha herança”. O Senhor une rivais sob sua bênção.
Isaías 19 é faca e bálsamo. Desmascara alianças humanas. Derruba a soberba das nações. E abre caminho para a paz messiânica. O Deus que julga é o Deus que cura. O Deus que divide é o Deus que reúne.