Chego em Isaías 26, que faz parte do Apocalipse de Isaías. O capítulo fala de juízo e destruição, mas também apresenta cânticos de vitória e confiança em Deus.
A mensagem é clara: a segurança do povo não depende de muros ou exércitos, mas da presença do Senhor.
Logo no começo aparece o cântico da cidade forte. Jerusalém é essa cidade, não porque tenha muralhas impenetráveis. A força vem de ser habitada por Deus. O profeta mostra o contraste entre Jerusalém e outras cidades arrogantes, que caíram porque confiavam em sua própria soberba.
A partir do versículo sete o cântico se transforma em oração. O povo reconhece que o Senhor é a rocha eterna. O texto lembra que Israel já foi dominado por reis estrangeiros e pressionado por cultos a outros deuses. Mas Isaías reforça que só o Senhor deve ser reconhecido.
Depois, Isaías mostra a diferença entre Deus e os ídolos. Ele afirma que os mortos não ressuscitam por forças humanas ou cultos pagãos. A memória dessas falsas divindades desaparece.
O ponto mais luminoso do capítulo aparece no versículo dezenove. Ali o profeta anuncia que os mortos viverão e que os cadáveres ressuscitarão. O orvalho de luz é símbolo da vida que vem de Deus, capaz de renovar até o pó. Este é um dos primeiros anúncios claros da ressurreição no Antigo Testamento e mostra a esperança que vai além da morte.
O capítulo termina com um convite à confiança. O povo é chamado a se recolher e esperar até que passe a indignação divina.
Isaías 26 é um capítulo de contrastes. De um lado a soberba que cai, do outro a fidelidade que permanece. De um lado a ilusão dos ídolos, do outro a promessa de ressurreição.
No centro está o Senhor que é rocha eterna e dá paz perfeita. É essa paz que sustenta quem confia nele.