Hoje de manhã, aprendi algo simples.
E impossível de esquecer.
A solidariedade é política.
A generosidade é moral.
O solidário ajuda quando o interesse combina.
Quando o interesse acaba, a ajuda também.
O generoso faz mesmo quando não ganha nada.
Faz pelo outro. Só pelo outro.
O solidário é egoísta em grupo.
O generoso é altruísta, às vezes até em silêncio.
O solidário escolhe quem merece.
O generoso acolhe porque entende que o outro precisa.
O solidário quer reciprocidade.
O generoso não faz contas.
Se o amor é alegria por um motivo conhecido,
o amor solidário é sempre interessado.
O amor generoso quase sempre é puro.
É divino.
Sempre achei estranho esse discurso sobre solidariedade.
Toda solidariedade me soa disfarce.
Serei eu ruim?
Acho que não. Talvez só um pouco mais honesto.
A generosidade é tão rara que, quando aparece, até assusta.
Fácil confundir com ingenuidade.
Mas é outra coisa.
Ninguém reconhece o que não conhece.