Hoje, em uma das nossas sessões, o Wendel repetiu uma frase que se tornou recorrente entre nós:
“Segurança é um acordo.”
Eu concordo.
Não como conceito abstrato, mas como prática diária.
Segurança absoluta não existe.
O que existe é até onde vamos.
E isso é sempre uma decisão.
Uma negociação.
A pergunta feita pelo Gabriel foi direta:
“Faz sentido falar de segurança com profundidade em contextos menores?”
A resposta é sim — com proporcionalidade.
Em qualquer empresa, segurança disputa espaço com prazo, agilidade, custo.
É sempre uma escolha.
Não proteger tudo, mas proteger o que precisa ser protegido — de forma consciente.
A tensão entre performance e proteção é real.
Já deixamos de implementar soluções mais rápidas porque implicariam em risco desnecessário.
E escolhemos o caminho mais lento — mas mais seguro.
Esse é o ponto.
Segurança compete.
Com a pressa. Com o orçamento. Com a cultura.
E por isso, segurança nunca é só técnica.
É política.
É gestão de risco com assinatura.
Cada organização tem seu nível de tolerância.
Cada stakeholder, sua régua.
A sensação de estar seguro varia com o contexto, o setor, a maturidade.
Nosso papel, enquanto consultores, é transformar essa sensação em critério.
E critério em compromisso.
Quando uma medida é recusada, informadamente, a responsabilidade migra.
E o acordo muda de forma.
De decisão técnica para decisão estratégica.
Segurança não é protocolo.
É posicionamento.
E como todo posicionamento, precisa ser revisado.
Porque contexto muda.
E acordo bom é acordo que evolui.