Chego ao capítulo 2 de Isaías.
O texto começa com uma visão de esperança. O Senhor é exaltado. Sião se torna referência para as nações. Elas sobem não para guerrear, mas para aprender. Ali, o Senhor ensina. Ali, se escuta. Armas viram ferramentas. A guerra dá lugar à paz. Essa cena me comove. Quero viver assim. Debaixo do governo de Deus. Na luz. No monte.
Muitos dias, eu tento. Escuto. Oro. Busco os caminhos do Senhor. Mas nem sempre consigo.
O texto logo muda. Mostra um povo cheio de ídolos. Cheio de si. Cheio de tudo, menos de Deus.
Não leio como denúncia aos outros. Leio como alerta a mim. Porque sei que, mesmo amando a Deus, ainda me distraio. Ainda me encho de coisas que não importam. Ainda me iludo com seguranças falsas. Ainda deixo que o brilho dos ídolos me cegue.
Os ídolos de hoje não têm forma de estátua. Mas são reais. Estão na pressa. Na comparação. Na performance. No controle. Na vontade de ser tudo. Sem precisar de Deus.
Isaías diz que virá o dia do Senhor. Tudo o que é alto demais será abatido. Tudo o que é falso vai cair. Só o Senhor será exaltado.
Preciso lembrar disso. Preciso parar de confiar no que passa. No que brilha mas não sustenta.O capítulo termina dizendo que o homem é apenas sopro. Que seu fôlego vem de Deus. Ele não é o centro. Eu não sou o centro.
Isaías 2 me acorda. Me traz de volta. Me convida a andar na luz do Senhor. Não por medo, mas por esperança.