Chego a Eclesiastes 6.
Salomão fala sobre as decepções da vida.
Ele não está teorizando. Está falando do que viu.
Viu coisas duras. Coisas reais. Que pesam sobre os homens.
Ele começa falando de um homem rico.
Tem tudo: dinheiro, bens, prestígio.
Mas não consegue aproveitar. Outro, estranho, é quem desfruta.
Salomão chama isso de vaidade.
É o retrato do “rico vazio”. Tem tudo por fora, mas está vazio por dentro.
Porque só Deus pode preencher o que é eterno no coração humano.
Depois, fala de alguém com muitos filhos e muitos anos de vida.
Mesmo assim, se não há propósito, é como se não tivesse vivido.
Salomão diz que um feto, que nem chegou a nascer, teria mais descanso.
Viver sem sentido, por muito tempo, só aumenta o peso.
Em seguida, ele fala do trabalho.
Diz que o trabalho é bom. Mas, sem contentamento, vira prisão.
“Todo trabalho é para a boca, mas o apetite nunca se satisfaz.”
A gente trabalha, consome, conquista. E ainda quer mais.
O coração inquieto vive sempre querendo. Nunca agradecendo.
Por fim, fala das perguntas que não têm resposta.
O ser humano não pode discutir com Deus.
Não tem força. Nem sabedoria suficiente.
Jó tentou. Deus respondeu com silêncio.
E depois com mais perguntas.
Tem coisa que a gente não vai entender. E tudo bem.
Tentar forçar resposta só aumenta a frustração.
No fim, Salomão mostra que viver longe de Deus é andar no escuro.
Nada que temos preenche a alma se Deus estiver ausente.
Nem riqueza. Nem filhos. Nem sucesso. Nem sabedoria.