Começo o dia com o Salmo 134.
O último dos chamados Salmos de Peregrinação.
Cântico final da jornada rumo ao templo.
Literalmente, é um convite ao louvor.
Endereçado àqueles que serviam durante a noite.
“Bendizei ao Senhor, vós todos, servos do Senhor, que assistis na casa do Senhor durante as noites.”
Mas a noite, na verdade, pode ser outra.
Não só ausência de luz.
Também ausência de respostas.
Ausência de alívio.
Alegoricamente, é um chamado a louvar mesmo nas dificuldades.
Mesmo no escuro.
O salmo ensina que a bênção vem.
Mas não como troca.
Deus responde à devoção sincera.
Aquela que não exige retorno.
Que louva pelo que Deus é,
não apenas pelo que Ele faz.
Ao falar com os servos, fala no plural.
Não há fé madura sem comunidade.
O louvor é pessoal, mas se fortalece no coletivo.
Especialmente quando a noite demora.
Louvemos, mesmo quando tudo parece escuro.
Sobretudo quando tudo parece escuro.
Porque é no escuro que o céu anuncia, em silêncio, que o sol vem.