Isaías 27 encerra o chamado apocalipse de Isaías (caps. 24–27). Depois de capítulos marcados por destruição e juízo, o tom muda e se volta para a esperança e a restauração.
O texto começa com a vitória de Deus sobre o Leviatã, figura mítica que simboliza as potências do mal e os impérios opressores. A derrota do monstro indica o fim das forças que se levantaram contra o povo do Senhor.
Em seguida, aparece o cântico da vinha. Israel, antes infiel e castigado, agora é cuidado pelo próprio Deus, que promete regar, proteger e defender sua vinha. Essa imagem contrasta com a do capítulo 5, onde a vinha era rejeitada por dar frutos ruins.
A promessa é de restauração e florescimento. Jacó lançará raízes, Israel produzirá botões e frutos, cobrindo o mundo. Essa renovação vem acompanhada de expiação: os pecados são perdoados, e a idolatria é eliminada com a destruição dos altares pagãos.
Há também a lembrança das cidades destruídas pelo exílio e pela deportação. Mas a última palavra é de esperança: ao toque da grande trombeta, os dispersos virão do Egito e da Assíria, e todos se reunirão em Jerusalém para adorar o Senhor.
É assim que Deus faz com a gente. Depois de tempos difíceis, Ele sempre prepara um novo começo, cheio de cuidado, perdão e vida nova.