Jeremias 51 não fala só de impérios. Fala de postura. Babilônia cai porque confundiu força com razão. Esse erro não é antigo. É recorrente.
O texto nos ensina a desconfiar do próprio sucesso. Quando tudo funciona, o risco não é o fracasso. É a soberba silenciosa. A ideia de que os resultados justificam os meios. É aí que a queda começa, ainda que ninguém perceba.
Aprendemos também sobre tempo. Nem toda consequência é imediata. Há escolhas que cobram anos depois. O juízo não é pressa. É acúmulo. O comportamento se organiza, vira hábito, vira sistema. E então cobra.
O rolo afundando no rio vira espelho. Palavras, decisões e atitudes também pesam. Algumas flutuam. Outras afundam. O critério não é intenção. É o que elas carregam.
Jeremias 51 deixa um alerta prático. Poder, influência e sucesso exigem vigilância moral constante. Quem não revisa o próprio comportamento cedo acaba sendo revisado pela história depois.