Jeremias 5 fala de julgamento. Primeiro, Deus apresenta os crimes de Israel e Judá. Depois, anuncia a punição. O exílio não vem por imposição, mas por permissão. É consequência, não arbitrariedade.
Deus manda Jeremias percorrer Jerusalém em busca de um justo, alguém que pratique a verdade. Mas ele não encontra ninguém. O povo fala de Deus, mas o coração está longe. Rejeita a correção, persiste na idolatria e engana até os líderes religiosos e governantes.
Por causa dessa rebeldia e injustiça, Deus anuncia o juízo. Uma nação estrangeira virá como instrumento de punição. O mal não é castigo divino, é o resultado de corações endurecidos. Jeremias 5 relembra Gênesis 18, quando Deus busca justos em Sodoma antes da destruição. Ambos os textos apontam para a mesma verdade: a ausência de justiça precede o colapso.
O contexto é o fim do Reino de Judá, no final do século VII e início do VI a.C. A Assíria cai, a Babilônia cresce, e o povo se perde. A sociedade está corroída pela injustiça e pela autossuficiência. As estruturas externas permanecem, mas o espírito já ruíra por dentro.
A mensagem é clara. O distanciamento de Deus leva ao declínio. Não por imposição, mas por consequência. A reaproximação traz restauração. Não por mérito, mas por misericórdia.
