Jeremias 23 surge num momento crítico. Judá está enfraquecida por dentro enquanto a Babilônia pressiona por fora. Os reis não sabem conduzir, os sacerdotes se acomodam, os profetas enganam, e o povo fica perdido. Jeremias aponta o óbvio que ninguém quer encarar. Quem deveria cuidar acaba abandonando. A crise não é acidente. É resultado de liderança falha.
O profeta então apresenta o Renovo justo. Um governante íntegro, capaz de realizar o que Zedequias prometia apenas no nome. A promessa não foge da realidade. Ela mostra o contraste. Revela o quanto o presente se afastou da justiça e da verdade. Sem esses dois pilares, nenhuma nação se sustenta.
Depois, Jeremias volta-se aos falsos profetas. Eles anunciam paz porque isso agrada. Falam o que a elite quer ouvir, não o que o povo precisa saber. Assim, mantêm a ilusão enquanto o país afunda. Jeremias responde dizendo que a verdadeira palavra precisa iluminar e confrontar, não esconder problemas.
No fim, o capítulo mostra que a queda de Judá não é surpresa. É consequência. Quando líderes deixam de assumir responsabilidade, o povo sofre. Quando a sociedade escolhe conforto em vez de verdade, acelera sua própria ruína. O que começou como descuido termina como colapso.