Jeremias 14. A terra rachou. O céu se calou. O povo tinha sede, mas não de água.
As cisternas estavam vazias. Os campos, mortos. Até os animais sofriam. A seca era do corpo e da alma.
Tudo isso, Deus mostrou a Jeremias. E ele sofreu com o que viu.
Jeremias intercede. Clama. Implora. Mas Deus responde: não.
Não porque é surdo, mas porque é justo.
O céu se fecha quando o coração se fecha primeiro.
Não porque Deus impõe. É consequência.
O profeta ama o povo, mas descobre o limite da compaixão. A intercessão não substitui arrependimento. Ação e reação. Para impedir a consequência divina é importante interromper a sequência de erros do povo. Uma coisa não acontece sem a outra.
Há orações que o céu não pode atender enquanto o coração não se move.
A distância de Deus não é Dele. É nossa. O castigo não é imposto. É colhido.
Não há esperança na intercessão, mas na ação. A fé não é esperar que o céu faça por nós. É escolher caminhar até onde o céu se abre.