Isaías 66 encerra o livro e a terceira parte do profeta. Foi escrito no pós-exílio. É o último eco de uma longa jornada profética.
O capítulo começa com uma crítica severa aos sacrifícios vazios. “O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés.” Deus não busca templos feitos por mãos humanas, mas corações abertos.
A mensagem é direta. O Senhor não se impressiona com rituais. Ele olha para o humilde, o contrito, o que treme diante da sua palavra. Isaías 66:2 inspirou séculos de espiritualidade cristã. Deus não habita no orgulho, mas na humildade.
A profecia vai além. Todas as nações virão adorar o Senhor em Jerusalém. Sião se torna o ponto de encontro entre Deus e os povos. A visão é universal. É o prenúncio da inclusão dos gentios, o evangelho em semente. Cumpre-se em Cristo e floresce em Atos dos Apóstolos.
Há juízo para os rebeldes, mas há consolo para os fiéis. O mesmo Deus que disciplina é o que acolhe. O mesmo fogo que purifica é o que ilumina.
Isaías encerra sua mensagem apontando para uma nova criação. Um novo céu. Uma nova terra. Uma nova humanidade reconciliada com o Criador.
Isaías 66 fecha o livro e abre o evangelho. É o fim da profecia e o início da promessa cumprida. O Deus que falava por meio dos profetas agora fala em Cristo.
O Filho anunciado.
O Servo exaltado.
O Senhor de todas as nações.