Seu imoral.
Ofensa? Talvez não.
Moral.
A ideia de ser “bom”. O jeito certo de viver. É isso?
Nietzsche diria que não.
O que chamamos de certo é só o que alguém conseguiu impor.
Nada universal. Tudo invenção. Vontade de mandar.
Os fortes criam o que é “bom”.
Coragem, força, alegria de existir.
O “mau”? É o fraco, o que não dá conta.
Os fracos revidam do jeito que podem.
Chamam fraqueza de virtude.
Humildade vira orgulho. Obediência ganha aura de pureza.
E, de repente, o forte é o vilão.
No fim, a moral é isso:
um espelho que mente pra aliviar a consciência.
Ou que distorce pra lembrar a culpa.
Quem diz tudo isso é Nietzsche.
Dizem que morreu louco.
