Isaías 52 faz parte do “Segundo Isaías”, escrito durante o exílio babilônico, no século VI a.C., antes da libertação conduzida por Ciro, rei da Pérsia. O texto é atribuído a um discípulo do profeta, pois Isaías já não vivia nesse período.
Nesse cenário de exílio e esperança, o profeta chama o povo a se levantar com fé. Jerusalém é convidada a despertar, a vestir-se de força e glória, e a deixar o cativeiro com pureza, confiando que Deus iria à frente deles. É um chamado para que Israel recupere sua dignidade e volte a caminhar na presença do Senhor.
A partir do versículo 13, começa o núcleo central do “Segundo Isaías”: a apresentação do Servo Sofredor, que se estende até o capítulo 53. O texto anuncia que o servo será exaltado depois da humilhação e que tomará sobre si as culpas e os pecados do povo. Essa passagem é reconhecida como uma referência messiânica, apontando para Jesus Cristo, que carrega os sofrimentos da humanidade para torná-la livre.
Assim, o profeta declara: “Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas…” (Isaías 52:7). Essa imagem celebra o mensageiro da paz, aquele que traz esperança e proclama a salvação. É um lembrete de que a verdadeira libertação nasce da palavra e da presença de Deus.
Isaías 52 é um convite à santidade e à confiança. Mostra que a redenção não vem do esforço humano, mas da ação graciosa e soberana de Deus. Ele age por amor, restaura o que foi ferido e conduz o seu povo à liberdade.