No último sábado, participei de duas sessões AMA (Ask Me Anything) na Codecon. No lugar de uma palestra, uma breve introdução e espaço para perguntas livres do público. Em uma delas, eu respondia. Na outra, vi meu amigo Martin Spier respondendo. E a inteligência artificial foi determinante na minha experiência. Deixa eu te explicar.
Tenho um Plaud, então resolvi gravar a sessão do Martin. As perguntas foram incríveis, e as respostas dispensam comentários. Martin é um cara fora dos padrões. Terminada a sessão, fiz a transcrição e gerei o resumo. Plaud usa IA e produz bons resumos, mas eu gosto mais dos que eu mesmo faço. Então, peguei o texto e fui para o AISTUDIO.
Para começar, pedi para a IA identificar falhas evidentes na transcrição e sugerir o que provavelmente seria o correto. Depois, fiz ajustes finos. Pronto. Em seguida, pedi que gerasse a relação completa das perguntas e respostas da sessão. O texto deixou de ser apenas uma transcrição direta e ficou muito mais agradável de ler.
Aqui, já havia material suficiente para valer o esforço. Percebi quantas perguntas e respostas riquíssimas eu havia simplesmente esquecido. Mas resolvi ir adiante. Pedi para a IA gerar uma lista de insights e takeaways. Ela gerou — excelentes, aliás. Depois, solicitei um glossário com todos os termos mencionados, ajudando na construção de uma linguagem ubíqua (ou linguagem compartilhada entre os participantes).
Na sequência, pedi para criar uma tabela mostrando as relações entre os conceitos. Ontologia! Por fim, solicitei uma descrição do perfil do Martin com base em suas respostas. Uma persona completa. Incrível. Compartilhei o resultado com ele, como gentileza. Não compartilho aqui por respeito ao evento e ao próprio Martin.
No fim, percebi: a IA não substitui curiosidade, amplifica. É o olhar humano que transforma dados em aprendizado. Quer saber como fazer igual?