Métricas de Varejo: R.F.V

A aquisição de novos clientes é importante para o crescimento. Entretanto, a manutenção dos clientes atuais tende a ser mais barata e mais rentável. Logo, gerenciar a carteira de clientes é fundamental.

Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia. – Demming

Uma métrica extremamente importante para a gestão de clientes em e-commerce é a R.F.V. Será dela que falaremos hoje.

NOTA DO ELEMAR: Este é um post do Tiago Tartari. Eu, Elemar, sou apenas o editor.

O que é o R.F.V?

Esta métrica nos permite ter lentes apropriadas para visualizar o comportamento da nossa carteira de clientes. Com ela, podemos mensurar e otimizar as estratégias de CRM de uma loja virtual.

O significado da sigla é:

  • Recência: é a data da última compra do seu cliente;
  • Freqüência: é a quantidade de vezes que seu cliente comprou em um determinado período;
  • Valor: é o valor monetário de compra realizada por seu cliente neste mesmo determinado período.

Como criar as métricas de R.F.V?

O processo de explicitação da métrica é bem simples.

#1  Agrupar os clientes conforme a data da última compra:

  • R1 = Últimos 30 dias;
  • R2 = Entre 31 e 60 dias;
  • R3 = Entre 61 e 120 dias
  • R4 = Entre 121 e 180 dias
  • R5 = Entre 181 e 360 dias

#2  Subclassificar clientes pela frequência com que compram

Sempre fazemos essa análise considerando um período delimitado que faça sentido ao negócio. Por exemplo, os últimos 12 meses.

  • F1 = 12 vezes ou mais;
  • F2 = Entre 10 e 11 vezes;
  • F3= Entre 6 e 9 vezes;
  • F4 = Entre 2 e 5 vezes
  • F5 = 1 vez

#3 Para cada grupo de clientes, definir número e ticket médio

Resultado

No final, teremos uma matriz que servirá como um retrato do comportamento mais frequente em nossa carteira de clientes.

 Vejamos um exemplo:

Muito mais fácil de visualizar o comportamento de nossos clientes. Não acha?

Como entender e aplicar o quadro acima?

Um novo cliente sempre será exibido em R1+F5.

Com uma análise historica podemos começar a detectar mudanças de comportamento e resultado efetivo das campanhas de marketing. Por exemplo, sabemos que um cliente está sendo fidelizado se ocorrer uma evolução na direção F4 > F3 > F2 > F1. Por outro lado, se a evolução estiver ocorrendo em  R2 > R3 > R4 e R5 há probabilidade que estejamos “perdendo” o cliente.

Quais ações diretas podemos fazer utilizando R.F.V?

Entre os oportunidades que mais gosto para a matriz RFV, temos:

  • Categorizar melhor seus clientes;
  • Entender pra onde o negócio está evoluindo;
  • Identificar a frequência de compra dos clientes;
  • Melhorar previsibilidade;
  • Compor uma estratégia aderente de recorrência nas vendas;

Isso apenas para começar.

Palavras finais

As matrizes RFV são realmante fáceis (baratas) de desenvolver e analisar (mesmo intuitivamente). Além disso, a evolução histórica habilita insights e medições eficientes para resultados de campnhas e ações de marketing.

Com algum esforço, podemos gerar alertas automatizados para identificar desvios e potenciais oportunidades.

Se você não analisa sua carteira, desenvolver a matriz RFV é um ótimo primeiro passo. Pronto para medir seus clientes?

Forte abraço e até a próxima…

Compartilhe este insight:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Elemar Júnior

Sou fundador e CEO da EximiaCo e atuo como tech trusted advisor ajudando diversas empresas a gerar mais resultados através da tecnologia.

Elemar Júnior

Sou fundador e CEO da EximiaCo e atuo como tech trusted advisor ajudando diversas empresas a gerar mais resultados através da tecnologia.

Mais insights para o seu negócio

Veja mais alguns estudos e reflexões que podem gerar alguns insights para o seu negócio:

No post anterior, compartilhei um exemplo de como containers podem nos ajudar a deixar o código mais claro sobre os...
Ligo a TV e assisto algum político falando besteiras. Acesso o Instagram e vejo a foto de um casal de...
The following code contains some of the most common mistakes I have been seeing when reviewing code that deals with...
Tenho realizado uma série de apresentações, em conferências, onde compartilho um pouco das lições que tenho aprendido implementando microsserviços. Abaixo,...
In this post, let’s talk about how to implement Value Types correctly and improve the performance of your applications. The...
Algumas vezes, desejamos escrever funções que não retornam, necessariamente, um resultado. Nesses casos, podemos usar o contêiner std::optional. Trata-se de...