Há muito valor em saber como fazer as coisas. Entretanto, antes, é preciso saber o porquê.
Conheço excelentes profissionais, profundos conhecedores de ferramentas e frameworks, que se convertem em referências técnicas para seus pares e, sem dúvidas, agregam valor com seus trabalhos. Entretanto, esses mesmos profissionais, quando chamados para apoiar em uma tomada de decisão mais próxima da estratégia, acabam limitados pelo que sabem.
O interesse desproporcionalmente maior pelo know-how em comparação ao know-why leva bons técnicos a se transformarem em “papagaios de gurus”, dando justificativas requentadas para fazerem as coisas da forma que fazem.
“Como escrever testes automatizados?” dá segurança para que um profissional escreva testes de qualidade. “Por que escrever testes automatizados?” motiva o time e a empresa a implementar testes do jeito certo, para as coisas certas.
“Como implementar microsserviços?” garante que não se desperdice recursos ingenuamente. “Por que implementar microsserviços?” ajuda a organização a decidir se há justificativas para tamanha complexidade e quais benefícios de negócio podem ser esperados.
“Como desenvolver uma aplicação cloud-ready?” é premissa para construir aplicações escaláveis. “Por que desenvolver uma solução cloud-ready?” prepara a empresa para criação de modelos de negócios exponenciais.
Certamente, know-how ajuda na empregabilidade. Know-why é fundamento para a diferenciação.
Know-how, eventualmente, habilita tática. Know-why é a base para a estratégia.
Estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é apenas ruído antes da derrota.
Sun Tzu
Invariavelmente, quem tem know-why, lidera. Quem tem apenas know-how, geralmente segue!