E eu que achava que 2025 já estava dando tchau, sem nada de muito relevante para acontecer. Últimos dias do ano costumam ser assim. Mas não foi. Outro dia, a NVIDIA anunciou a aquisição da Groq, ou algo parecido com isso, já que ela “comprou sem comprar”. Agora, essa!
A Manus foi, talvez, a primeira IA capaz de realizar tarefas realmente grandes. Não apenas responder, mas executar. Agência. E agência pede plano.
Foi observando a Manus em funcionamento que entendi como fazer LLMs realizarem atividades complexas. No lugar de um “super prompt”, faz mais sentido bolar um plano de execução ou, se preferir, um “projetinho”. É assim que a Manus funciona: você pede algo, ela elabora um plano, tarefa por tarefa, e executa na sequência. Você acompanha e, se algo sair fora do esperado, indica ajustes. Ela revisa o plano e segue.
A Manus me ensinou que, sem plano, a IA até impressiona. Com plano, ela entrega. Foi ali também que ficou claro para mim que tamanho de modelo importa, mas o verdadeiro pulo do gato está na estratégia de uso, na engenharia de contexto, em trabalhar bem as especificações.
A empresa de Zuckerberg divulgou a aquisição. Um passo claro de reposicionamento. Modelos open source, óculos inteligentes, integração nos principais serviços. E agora, execução de tarefas complexas dentro dos próprios produtos. O tabuleiro muda. E a Meta fica, sem dúvida, mais relevante nele.
A NVIDIA está buscando se consolidar como a empresa que fornece a infraestrutura da IA. Chips, aceleração, base computacional.
A Meta, por outro lado, parece mirar outro lugar. Tornar a IA parte do dia a dia. Menos bastidor. Mais uso real.
Infraestrutura de um lado. Operação do outro. O jogo está ficando mais nítido.