Fui ver o tal “Não entre com o pé-direito em 2026”, da Havaianas e, honestamente, não vi nada demais.
Há quem diga que existe ali uma “mensagem subliminar”, carregada de contexto político, por causa das eleições de 2026. Eu não enxerguei isso.
Só um parêntese: eu não posso ser descrito como um apoiador da esquerda, exceto pelas iniciativas sociais. Economicamente, estou mais alinhado à direita. Contraditório, eu sei. Mas é assim que eu sou. Digo isso só para deixar meu viés explícito.
Voltando ao vídeo: eu vi mais de uma vez. Sei das inclinações da atriz, para quem acompanha. Ainda assim, daí a concluir que a marca está apoiando um lado ou outro por causa daquele texto? Acho forçado.
Leia e julgue:
“Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não, não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, né? Depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés, os dois pés na estrada, na porta, na jaca, onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma.”
Agora, tem gente jogando Havaianas fora, organizando boicote à marca. Pra quê? No fim, isso também vira propaganda. A marca foi para a boca do povo. Estão falando mal, sim, mas estão falando dela. E aí aparece a pergunta incômoda: parece até que foi intencional. Será? Eu não tenho como afirmar. Mas, se não foi, no mínimo aceitaram um risco óbvio num país em que qualquer frase vira disputa de interpretação.