Há um mundo — o das possibilidades — que insiste em me visitar.
O mundo daquilo que poderia ter sido.
Que não vai ser.
Não é.
O mundo de quem espera pensando que está junto, mas espera só.
De quem complica pra negar o simples — que, por ser simplório, não agrada.
O mundo das profundidades das coisas rasas.
Das mensagens incompletas — que, na sua incompletude, se mostram cheias daquilo que de fato são: vazio.
O mundo das possibilidades é como uma vitrine — brilhante, mas inacessível.
É sempre mais atraente do que o mundo das coisas concretas.
Mas o concreto tem um jeito rude de lembrar:
o possível só vive onde a vida ainda não começou.