Em 2016, me transformei naquilo que mais odiava: consultor.
Depois de “séculos” na operação, sempre vi consultores como engenheiros de obra pronta.
Especialistas em apontar defeitos no trabalho dos outros.
Não que eu não tenha essa habilidade.
Sou muito bom nisso, aliás.
Mas tento não ser um consultor assim.
Aprendi a ver as iniciativas dentro de uma organização como aprendizado.
A empresa tem uma meta.
Faz tudo o que sabe para atingi-la.
Quando os saberes se esgotam, é hora de buscar ajuda.
É aí que entra a consultoria.
O consultor traz conhecimento novo.
Não para julgar o que foi feito.
Mas para encurtar o caminho até o objetivo.
Consultoria é inteligência instantânea.
Se funciona bem, acelera.
Se funciona mal, atrasa e irrita.
Às vezes, o consultor só diz o que alguém da casa já disse.
Mas ninguém ouviu.
Santo de casa não faz milagre.
Quem vem de fora, sendo pago para falar, tem vantagem.
No fim, acho que me tornei um bom consultor.
E não me odeio por isso.