Jeremias 37 mostra um padrão antigo e muito atual. Zedequias consulta, mas não escuta. Quer resposta, mas não mudança. Busca conforto espiritual enquanto preserva as decisões políticas que alimentam o próprio colapso. A cidade desmorona e o rei insiste em segredos, atalhos e silêncios.
O recuo dos caldeus parece alívio, mas é só intervalo. A vida também oferece esses respiros que confundem. Pequenas melhorias que animam, mas não resolvem a raiz. Falsas esperanças nos distraem do essencial.
Jeremias é preso por dizer o que ninguém queria ouvir. A verdade costuma pagar esse preço. Ainda assim, a palavra permanece firme. E há um detalhe sutil. Enquanto tudo cai, Jeremias recebe pão diário. É pouco, mas é sustento. A graça nem sempre brilha. Às vezes só mantém de pé.