Salmo 98 é convite. Cantar ao Senhor um cântico novo — porque Ele fez maravilhas.
Salmo 98 foi Inspiração para Isaac Watts compor “Joy the World” – um hino natalino famoso.
A mão direita. O braço santo. Não são figuras poéticas. São declarações de poder. Deus não observa. Atua. E o que realiza, realiza com justiça.
Fez conhecida a sua salvação. Revelou sua justiça perante as nações. Não há privilégio. Não há barganha. Há aliança. E fidelidade.
Diante disso, a terra responde. O mar ruge. Os rios batem palmas. Os montes exultam.
Porque até a criação reconhece o que o homem tenta esquecer: há um juízo. E ele vem.
Não com parcialidade. Mas com equidade.
Para o cristão, esse salmo não é apenas celebração do passado. É prenúncio. Cristo é a encarnação dessa justiça revelada. Braço de Deus estendido no tempo.
Mais que redentor, é critério. Não basta invocá-lo. Não é sobre imitá-lo. É mais: compreendê-lo.
Não se trata de substituir minha visão pela Dele — isso seria anulação. Mas de fazer o exercício: Como Ele veria o que estou vivendo? Como reagiria ao que enfrento? Estou disposto a escolher essa resposta, mesmo que ela me custe?
O Salmo 98 me obriga a perguntar, diante do caos, se minha conduta ecoa o canto novo que ele propõe — ou se repito os velhos ruídos do mundo torto.
Porque louvor não é performance. É aderência.
A imagem e semelhança não é metáfora estética. É convite à responsabilidade.
A escolha de Cristo como modelo não é imposição. É chance. E se erro, que o erro me ensine. Porque viver à imagem Dele é processo — não imitação, mas aproximação.
Pode ser ilusão. Mas é a que me devolve sentido. E isso, no fim, é a verdadeira maravilha.